No último dia do XIX Congresso Brasileiro de Economia (CBE 2011), realizado em Bonito no Mato Grosso do Sul, o embaixador Indonésia Sudaryomo Hartosudarmo ministrou uma palestra sobre "As catástrofes naturais e as consequências econômicas" ao lado da economista Maria Tereza de Oliveira Audi.
Ambos falaram sobre as dificuldades de se prever uma catástrofe e as diferenças entre as naturais e as "causadas pelo homem". O período após as catástrofes foi explicado pelo embaixador, que mostrou como a Indonésia têm se recuperado das últimas catástrofes, principalmente do tsunami de 2004.
Sudaryomo mostrou que a Indonésia é bastante vulnerável a catástrofes naturais como enchentes e incêndios e que esses desastres a ciência já pode prever, diminuindo seu impacto social e econômico. Porém, o embaixador demonstrou que existem as catástrofes geológicas, como os tsunamis e os terremotos, que são mais difíceis de prever.
Em 2004, a Indonésia foi atingida por um tsunami, o mais mortal dos desastres do país, que causou um prejuízo de 4,11 bilhões de dólares, deixou 139.195 casas destruídas, 635.394 pessoas desalojadas, 1.927 professores desaparecidos e 45.000 alunos desaparecidos.
"Esse tsunami teve efeitos devastadores na nossa economia, foi aqui que começamos a trabalhar em como se recuperar das catástrofes e tentar minimizar seus efeitos", destacou o embaixador. Após esse tsunami, Sudaryomo disse que seu país aprendeu uma lição: como minimizar os impactos dos desastres.
Dessa forma foram criadas agências nacionais de gestão e previsão de desastres naturais, além de um acordo entre países para assistência humanitária. O embaixador ainda apresentou que é importante o governo federal quanto os municipais estarem preparados para sobreviver aos desastres, tanto no intuito de tentar evitar os danos, como agir rapidamente quando eles acontecem.
Para Sudaryomo o Brasil não corre tantos riscos de ser atingido com as catástrofes. "O Brasil tem sorte por ser livre dos impactos naturais, exceto aqueles causados pelo homem", finalizou.
A economista Maria Tereza pediu para que os participantes respirassem. "Vamos respirar enquanto podemos, pois nós não sabemos quando pode acontecer uma catástrofe".
Texto: Priscilla Peres